"A música foi-nos dada por causa da harmonia. E a harmonia, que tem movimentos semelhantes às revoluções da nossa alma, foi-nos dada pelas musas não como uma ajuda para os nossos prazeres irracionais (como agora se crê), mas como uma ajuda para a revolução íntima da alma, quando esta perdeu a sua harmonia e para apoiar a restauração da sua ordem e a reconciliar consigo própria." (Platão, séc. V a.C.)
O que se realça neste texto é a concepção da música como mais do que um simples prazer sensorial. É entendida como uma representação da psique. Concede-nos um espaço e tempo para pintarmos os frutos da nossa imaginação, desenharmos os nossos fantasmas, esboçarmos os nossos sonhos. Por isso a música que criamos, que provém do nosso corpo à semelhança de toda a forma de expressão, reconcilia-nos connosco, organiza os nossos devaneios, acorda os prazeres mais íntimos.
"É esta a generosidade da música feita não de imposição, mas de disponibilidade para ser a nossa voz mais íntima e mais verdadeira." (David Rodrigues, 1998)
"É esta a generosidade da música feita não de imposição, mas de disponibilidade para ser a nossa voz mais íntima e mais verdadeira." (David Rodrigues, 1998)
Bibliografia:
Rodrigues, D. (1998). A expressão no contexto da reeducação e da terapia. Textos de Musicoterapia I. Lisboa: Associação Portuguesa de Musicoterapia
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Rodrigues, D. (1998). A expressão no contexto da reeducação e da terapia. Textos de Musicoterapia I. Lisboa: Associação Portuguesa de Musicoterapia
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